segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Ensino de História: Realidade ou Favorecimento

O ensino de história, assim como qualquer outra disciplina tem sido passado aos alunos de uma forma descontextualizada e mecânica. Onde o foco principal é a nota final, resultante  da memorização dos conteúdos empregados. O ensino se resumia em cópias de textos e consequentemente a responder o questionário, bem como também está ligado ao fato de memorização de datas.
De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais – PCN, o ensino de história deve partir do presente, dentro de um contexto significativo ao aluno, procurando sempre trabalhar a questão da construção da cidadania.
Partindo do Pressuposto de que a história é uma interpretação, então existe interesse por parte de quem a reescreve. Geralmente quem conta a história são aqueles que “venceram” e que detém o, poder político e econômico. Isso causa os silenciamentos na história, levando a alguns setores da sociedade tenham sua identidade destituída.
Para toda história existem dois lados, duas versões, porém o que os livros didáticos nos trazem é apenas uma versão, a versão dos dominantes, como se fosse a única e incontestável realidade. Os livros didáticos nos trazem apenas alguns personagens, alguns heróis. E onde estão os heróis ocultos? As situações  ocorridas, as outras versões, os verdadeiros fatos. É a oposição entre história oficial (a qual aprendemos a aceitar como verdade única), e a história real (fatos que ficaram de fora do conhecimento da sociedade).
Como é o caso do Descobrimento do Brasil, quanto há de verdades que não foram relatadas. Aprendemos que Pedro Alvares Cabral descobriu o Brasil em 22 de abril de 1500, e que quando aqui chegou esta terra já era habitada por índios, assim ele não descobriu nada, o Brasil já havia sido descoberto, já era habitado por uma comunidade organizada, onde havia um ritmo de trabalho, uma cultura definida.
Com a invasão dos portugueses, os índios tiveram sua cultura, sua religião, seus hábitos, sua integridade física destruídos,  sua identidade destituída e sua voz silenciada, em nome de um povinho, sem respeito, que buscavam  aprimorar os negócios de seus país escravizando outro.
Esses silenciamentos existem em todas as histórias, é o caso dos negros, dos jovens rebeldes na Ditadura Militar, dos imigrantes nordestinos etc.
Precisamos romper com essa conduta, isso começa pelo reconhecimento da identidade, o reconhecimento de que existe o outro, o reconhecimento da sua voz, ativa e participativa.

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