sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Literatura de cordel

A Literatura de cordel é uma parte da literatura popular deste país, mas que enfrenta muitos preconceitos. É uma pena, pois a literatura de cordel tem muito a nos dizer, tem muito a nos mostrar sobre nosso país, nossos costumes. Em uma época que se fala tanto em inclusão social, pensamos que essa busca por uma sociedade inclusiva poderia começar pela escola, no sentido de trabalhar esse tipo de leitura, cultivar suas características e mostrar as crianças que o Brasil é um país rico em cultura, e que as bases dessa cultura começam pelas camadas mais baixas da população. 

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

O mundo de cabeça para baixo?



Já viram um mapa de “cabeça para baixo”, mas quem disse que ele está realmente de cabeça para baixo, quem foi que desenhou o mundo e disponibilizou os países nessa ordem em que temos visto desde sempre.
Esse jeito de ver o mapa está em uma eurocêntrica onde os europeus se colocam no pólo norte do mapa mundial como se liderassem o mundo, como se tivessem o poder em suas mãos. Mas se virarmos o mapa de “cabeça para baixo” os países europeu ficam no pólo sul e os outros países ficam no pólo norte. Isso prova que o jeito com os países estão colocados no mapa atende a uma ilusão, um desejo europeu de liderar o mundo.


domingo, 20 de novembro de 2011

FELIZ MODERNIDADE...

 VOCÊ SABE QUE  ESTÁ FICANDO LOUCO NO  SÉCULO XXI QUANDO:

1.  Você envia e-mail ou MSN para conversar com a pessoa que trabalha na  mesa ao lado da sua;

2. Você usa o celular  na garagem de casa para pedir a alguém que o ajude a desembarcar as  compras;

3. Esquecendo seu celular em  casa (coisa que você não tinha há 10 anos), você fica apavorado e  volta para buscá-lo;

4. Você levanta  pela manhã e quase que liga o computador antes de tomar o  café;

5. Você conhece o significado de naum,  tbm, qdo, xau, msm, dps, Cc, Cco,...;

6.  Você não sabe o preço de um envelope comum;

7. A maioria das piadas que você conhece,  você recebeu por e-mail (e ainda por cima ri sozinho...);

8. Você fala o nome da firma onde trabalha  quando atende ao telefone em sua própria casa (ou até mesmo o  celular !!); 

Você digita o '0' para  telefonar de sua casa; 

10. Você vai ao  trabalho quando o dia ainda está clareando e volta para casa quando  já escureceu de novo; 

11. Quando seu  computador pára de funcionar, parece que foi seu coração que  parou;

11. Você está lendo esta lista e está  concordando com a cabeça e sorrindo;

12.  Você está concordando tão interessado na leitura que nem reparou que  a lista não tem o número 9;

13. Você  retornou à lista para verificar se é verdade que falta o número  9 e nem viu que tem dois números 11;

14. E  AGORA VOCÊ ESTÁ RINDO CONSIGO MESMO;

15.  Você já está pensando para quem você vai enviar esta mensagem;

16. Provavelmente agora você vai clicar no  botão ''Encaminhar' '... É a vida...fazer o quê... foi o  que eu fiz  também...


Feliz  modernidade.

Recebemos esta mensagem por e-mail e achamos pertinente colocá-la aqui para refletirmos que tudo que está escrito é fato. Estamos tão adaptados a tecnologia que é como se fosse parte de nosso ser.

Seja um idiota...




A idiotice é vital para a felicidade.
Gente chata essa que quer ser séria, profunda e visceral sempre. 
A vida já é um caos. Por que fazermos dela, ainda por cima, um tratado? 
Deixe a seriedade para as horas em que ela é inevitável: mortes,separações, dores e afins. 
No dia-a-dia, pelo amor de Deus, seja idiota! 
Ria dos próprios defeitos. E de quem acha defeitos em você. 
Ignore o que o boçal do seu chefe disse. 
Pense assim: quem tem que carregar aquela cara feia, todos os dias, inseparavelmente, é ele. Pobre dele! 
Milhares de casamentos acabaram não pela falta de amor, dinheiro, sexo, sincronia, mas pela ausência de idiotice. 
Trate seu amor como seu melhor amigo, e pronto. 
Quem disse que é bom dividirmos a vida com alguém que tem conselho pra tudo, soluções sensatas, mas não consegue rir quando tropeça? 
Alguém que sabe resolver uma crise familiar, mas não tem a menor idéia de como preencher as horas livres de um fim de semana? 
Quanto tempo faz que você não vai ao cinema? 
É bem comum gente que fica perdida quando se acabam os problemas. E daí, o que elas farão se já não têm por que se desesperar? 
Desaprenderam a brincar. Eu não quero alguém assim comigo. 
Você quer? Espero que não! 
Tudo que é mais difícil é mais gostoso, mas... a realidade já é dura; piora se for densa. 
Brincar é legal! 
Adultos podem (e devem) contar piadas, passear no parque, rir alto e lamber a tampa do iogurte. 
Ser adulto não é perder os prazeres da vida e esse é o único "não" realmente aceitável. 
Teste a teoria. 
Acorde de manhã e decida entre duas coisas: ficar de mau humor e transmitir isso adiante ou sorrir... 
Bom mesmo é ter problema na cabeça, sorriso na boca e paz no coração! 
Aliás, entregue os problemas nas mãos de Deus e que tal um cafezinho gostoso agora?
texto de Arnaldo Jabor.

Este texto é uma realidade, as pessoas vivem muito atoladas em sua vida cotidianamente corrida e não encontram tempo para um momento de descontração. Hoje quem enxerga momentos de calmaria na rotina, quem para para observar a rua de casa, seus vizinhos - quem são?, quem percebe a beleza do amanhecer e a magia explicita no pôr do sol e nas cores da natureza, quem não se importa com os julgamentos que os outros farão, quem ri de seus próprios erros, é taxado de "idiota".  É melhor ser "idiota" feliz do que ser "culto" estressado. Parece que o normal é ser estressado, nervoso, cansado, sem tempo para nada, e o anormal é viver uma vida simples. Não estamos dizendo que uma vida simples não tenha preocupações, é claro que tem, a diferença está em como essas preocupações influenciam tanto nosso cotidiano que acabamos por nos tornar objetos, consequências de um sistema dominador, filhos do capitalismo.
Fica a proposta Seja um idiota...Palhaço, dono de sua vida e de suas opiniões.



Cadê a tinta vermelha?


Slavoj Žižek visitou a Liberty Plaza, em Nova Iorque, para falar ao acampamento de manifestantes do movimento Occupy Wall Street, que vem protestando contra a crise financeira e o poder econômico norte-americano desde o início de setembro deste ano. Estes são trechos de seu discurso.

Não se apaixonem por si mesmos, nem pelo momento agradável que estamos tendo aqui. Carnavais custam muito pouco – o verdadeiro teste de seu valor é o que permanece no dia seguinte, ou a maneira como nossa vida normal e cotidiana será modificada. Apaixone-se pelo trabalho duro e paciente – somos o início, não o fim...

Qual organização social pode substituir o capitalismo vigente? De quais tipos de líderes nós precisamos? 

Mas a razão de estarmos reunidos é o fato de já termos tido o bastante de um mundo onde reciclar latas de Coca-Cola, dar alguns dólares para a caridade ou comprar um cappuccino da Starbucks que tem 1% da renda revertida para problemas do Terceiro Mundo é o suficiente para nos fazer sentir bem.

Depois de terceirizar o trabalho, depois de terceirizar a tortura, depois que as agências matrimoniais começaram a terceirizar até nossos encontros, é que percebemos que, há muito tempo, também permitimos que nossos engajamentos políticos sejam terceirizados – mas agora nós os queremos de volta...

Sim, somos violentos, mas somente no mesmo sentido em que Mahatma Gandhi foi violento. Somos violentos porque queremos dar um basta no modo como as coisas andam – mas o que significa essa violência puramente simbólica quando comparada à violência necessária para sustentar o funcionamento constante do sistema capitalista global?
O sucesso do capitalismo chinês liderado pelo comunismo é um sinal abominável de que o casamento entre o capitalismo e a democracia está próximo do divórcio. Nós somos comunistas em um sentido apenas: nós nos importamos com os bens comuns – os da natureza, do conhecimento – que estão ameaçados pelo sistema...

Não estamos destruindo nada; somos apenas testemunhas de como o sistema está gradualmente destruindo a si próprio...

 Hoje, o possível e o impossível são dispostos de maneira estranha. Nos domínios da liberdade pessoal e da tecnologia científica, o impossível está se tornando cada vez mais possível (ou pelo menos é o que nos dizem): “nada é impossível”, podemos ter sexo em suas mais perversas variações; arquivos inteiros de músicas, filmes e seriados de TV estão disponíveis para download; a viagem espacial está à venda para quem tiver dinheiro; podemos melhorar nossas habilidades físicas e psíquicas por meio de intervenções no genoma, e até mesmo realizar o sonho tecnognóstico de atingir a imortalidade transformando nossa identidade em um programa de computador.

Em uma velha piada da antiga República Democrática Alemã, um trabalhador alemão consegue um emprego na Sibéria; sabendo que todas as suas correspondências serão lidas pelos censores, ele diz para os amigos: “Vamos combinar um código: se vocês receberem uma carta minha escrita com tinta azul, ela é verdadeira; se a tinta for vermelha, é falsa”. Depois de um mês, os amigos receberam a primeira carta, escrita em azul: “Tudo é uma maravilha por aqui: os estoques estão cheios, a comida é abundante, os apartamentos são amplos e aquecidos, os cinemas exibem filmes ocidentais, há mulheres lindas prontas para um romance – a única coisa que não temos é tinta vermelha.” 

...nós nos “sentimos livres” porque somos desprovidos da linguagem para articular nossa falta de liberdade...

...hoje, todos os principais termos que usamos para designar o conflito atual – “guerra ao terror”, “democracia e liberdade”, “direitos humanos” etc. etc. – são termos FALSOS que mistificam nossa percepção da situação em vez de permitir que pensemos nela. Você, que está aqui presente, está dando a todos nós tinta vermelha.
Cadê nossa tinta vermelha?
Precisamos construí-la pois o sistema não dará oportunidade para que isso ocorra. Precisamos nos impor diante das aparências que querem nos forçar a acreditar.
O capitalismo é um sistema financeiro agressivo, ao qual estamos habituados, já que vivemos imerso a ele, já que ele faz parte de nossa rotina. Vivemos por muito tempo sofrendo e aceitando todas as mazelas que esse sistema nos impôs, muitos ainda aceitam, engolem a seco, mas existe uma parte de pessoas que além de não aceitar estão trabalhando para melhorar as questões que assolam o planeta, é uma questão global, as consequências físicas, sociais, ambientais dessa conduta, dessa insanidade, está presente em boa parte do países. Até países que se diziam ricos estão tomando do próprio veneno, a crise bancária chegou por lá, mas a diferença entre nosso país e um pois rico é que nó sabemos lidar com a crise financeira, diferentemente de quem está experimentando – a somente agora. Se serve de consolo vou dizer que tudo tem sua primeira vez e com o tempo se aprende. Não que eu esteja aqui desejando que a crise financeira se estabeleça por mais tempo nos países ricos, mas se trata de dizer que” Há males que vem para bem”,  se nós sobrevivemos, eles também sobreviverão todos, e que se aprende com as situações difíceis.
O que os manifestantes do “Occupy Wall” querem é uma nova consciência, a consciência de uma não aceitação desse sistema, eles estão exercendo uma práxis social que é a ação de transformar uma sociedade e incentivar uma reflexão. 






Identidade Afro-descendente

A cultura negra em nosso país é marcada por um histórico de dominação, exclusão, perda de identidade, sofrimento, silenciamento.
A identidade é muito subjetivo ao ser humano, é constituída por uma série de fatores e elementos decorrentes do meio cultural. A identidade perpassa pelo contexto social, cada cultura, cada grupo humano constrói sua própria identidade de acordo com seus idéias, suas necessidades. Uma identidade de resistência é o que os negros como Zumbi dos  Palmares e seus seguidores buscavam implantar, uma identidade que reafirmasse sua cidadania, e consequentemente seus direitos, que buscasse a igualdade valorizando sua individualidade, que se contrapõe a identidade legitimadora imposta pelos brancos.
A população branca tem uma dívida histórica com os negros, foram anos de uma dominação sem fundamento, sem sentido, anos de uma identidade negada, anos de cidadania excluída, anos de uma intensa busca pela liberdade, onde a invisibilidade dos negros estava instituída. A escravidão no Brasil foi um dos momentos mais vergonhosos de nossa história, e isso foi tão profundo que mais de cem anos após a abolição da escravatura, por Princesa Isabel, com a lei áurea em 13 de maio de 1988, ainda existe resquícios dessa desonra, o conhecido racismo, que é crime lei nº 7.716 de 05/01/89, a lei diz que:
A Constituição Federal (artigo 5º/XLII) diz que a prática do racismo constitui crime inafiançável (o acusado não tem direito de pagar fiança para aguardar o julgamento em liberdade) e imprescritível (o agressor pode ser julgado e punido mesmo que se passem muitos anos). A pena varia entre 15 dias a 1 ano de prisão. WWW.violenciamulher.org.br/index.php
Isso ficou ao impregnado na mente das pessoas sob influencia do mito da democracia racial, que alega que no Brasil não existe racismo, e que aqui todos os grupos étnicos, negros, brancos, índios, asiáticos são felizes, livres de quaisquer preconceito, racismo e práticas discriminatórias, esse mito da democracia racial foi muito difundido no país, justificando “supostas” práticas discriminatórias como situações isoladas.  Atualmente o racismo é velado, não é instituído legalmente, como foi o apartheid de  1948 a1994(46 anos), onde a minoria branca segregou as raças branca/negra. Vivemos em uma sociedade que valoriza a cultura eurocêntrica, e que busca o branqueamento, por vezes até inconscientemente, ou não.
Deveriámos  valorizar a cultura africana tal como ela é, sem mascarar ou branquear, nas escolas públicas e privadas já entrou para o currículo a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira” à partir da lei 10.639 de 9 de janeiro de 2003, que altera a lei de 9394/96 que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. 
A luta da atualidade é vencer os preconceitos marcados pela cor da pele e mostrar que caráter, competência e racionalidade estão além da etnia. Na busca de desenvolver uma sociedade providade de consciência e valores, dotada de conceitos reias. No início da escravidão, os europeus escravizavam os índios, porém alguns grupos sociais e religiosos foram contra, então os portugueses fizeram como alguns países europeus faziam, passaram a importar mão-de-obra escrava da África, dando início ao tráfego negreiro.
Mas da onde vem essa idéia de escravizar alguém e por que os negros?
Vem da ignorância, os europeus desconheciam a cultura africana, não os entendiam, na tentativa de tentar “justificar” essa forma de dominação,  foram fixando uma imagem ruim dos negros, é facil difamar quando não se conhece.
A identidade afro-descendente da atualidade está constituida numa não negação de sua etnia, os negros não estão se conformando com os “restos” e lutam cada vez mais por seu espaço na sociedade, o espaço em cargos de chefia, nas artes, na moda, mesmo sabendo que o preconceito ainda existe fazem questão de se impor e exigir o que lhe é de direito. Tem grande influência na construção da história, mesmo que nos livros de história não apresente a real história da escravidão. A identidade afro de hoje, tenta implantar uma conscientização de valorização da cultura negra e estabelece meios para que aconteça de fato esse reconhecimento de uma forma positiva porque de negativa, já basta a imagem que os europeus criaram.
Um desses meios é essa eletiva Memórias da África, conhecer para tirar suas próprias conclusões, entender como se constitui os líderes de movimentos socias contra a segregação étnica, usar os conhecimentos construídos para nossa formação profissional e pessoal, afinal a pedagogia está diretamente ligada a formação do cidadão. Que cidadão quermos formar? Que cidadão quermos deixar para o futuro? Lembremos que o futuro começa agora à partir dos exemplos que damos.  A pedagogia diz que devemos buscar a formação de um cidadão autônomo e crítico, inserido no mundo e nele estabelecer relações de convívio com o outro. Para que sejamos capazes de oferecer ferramentas que objetive essa construção, é necessário que também nos formemos como humanos, como gente, como pessoas capazes de interagir com o outro e participar de sua subjetividade.
Portanto é necessário que haja uma conscientização mútua das práticas de todas as áreas, desprovidas de esteriótipos. Esteriótipos não servem para nada, a não ser para enganar. 

domingo, 13 de novembro de 2011

Quero voltar a confiar!


Nós também queremos voltar a confiar. Talvez essas seja a grande emergência da sociedade atual. Talvez a própria sociedade não tenha se dado conta disso e viva por aí buscando recursos para seu vazio. Recursos estes que perpassam pelas "necessidades desnecessárias", a ditadura da beleza, as grades em que somos obrigados a viver, o consumismo desenfreado, o consumismo infantil, o falso status social, a falta de respeito com o planeta e seus recursos naturais, a desvalorização do ser em detrimento do ter, etc. Viemos em uma época marcada por grandes experimentos tecnológicos, pela correria do dia-a-dia, pela busca do dinheiro. Estamos tão adaptados a esse tipo de vida que não sabemos dar o devido valor ao que é realmente significativo. Mas é tempo de sonhar e de agir, está na hora de sair deste caos existencial que está dentro das pessoas, e refletindo no exterior.