sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Literatura de cordel

A Literatura de cordel é uma parte da literatura popular deste país, mas que enfrenta muitos preconceitos. É uma pena, pois a literatura de cordel tem muito a nos dizer, tem muito a nos mostrar sobre nosso país, nossos costumes. Em uma época que se fala tanto em inclusão social, pensamos que essa busca por uma sociedade inclusiva poderia começar pela escola, no sentido de trabalhar esse tipo de leitura, cultivar suas características e mostrar as crianças que o Brasil é um país rico em cultura, e que as bases dessa cultura começam pelas camadas mais baixas da população. 

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

O mundo de cabeça para baixo?



Já viram um mapa de “cabeça para baixo”, mas quem disse que ele está realmente de cabeça para baixo, quem foi que desenhou o mundo e disponibilizou os países nessa ordem em que temos visto desde sempre.
Esse jeito de ver o mapa está em uma eurocêntrica onde os europeus se colocam no pólo norte do mapa mundial como se liderassem o mundo, como se tivessem o poder em suas mãos. Mas se virarmos o mapa de “cabeça para baixo” os países europeu ficam no pólo sul e os outros países ficam no pólo norte. Isso prova que o jeito com os países estão colocados no mapa atende a uma ilusão, um desejo europeu de liderar o mundo.


domingo, 20 de novembro de 2011

FELIZ MODERNIDADE...

 VOCÊ SABE QUE  ESTÁ FICANDO LOUCO NO  SÉCULO XXI QUANDO:

1.  Você envia e-mail ou MSN para conversar com a pessoa que trabalha na  mesa ao lado da sua;

2. Você usa o celular  na garagem de casa para pedir a alguém que o ajude a desembarcar as  compras;

3. Esquecendo seu celular em  casa (coisa que você não tinha há 10 anos), você fica apavorado e  volta para buscá-lo;

4. Você levanta  pela manhã e quase que liga o computador antes de tomar o  café;

5. Você conhece o significado de naum,  tbm, qdo, xau, msm, dps, Cc, Cco,...;

6.  Você não sabe o preço de um envelope comum;

7. A maioria das piadas que você conhece,  você recebeu por e-mail (e ainda por cima ri sozinho...);

8. Você fala o nome da firma onde trabalha  quando atende ao telefone em sua própria casa (ou até mesmo o  celular !!); 

Você digita o '0' para  telefonar de sua casa; 

10. Você vai ao  trabalho quando o dia ainda está clareando e volta para casa quando  já escureceu de novo; 

11. Quando seu  computador pára de funcionar, parece que foi seu coração que  parou;

11. Você está lendo esta lista e está  concordando com a cabeça e sorrindo;

12.  Você está concordando tão interessado na leitura que nem reparou que  a lista não tem o número 9;

13. Você  retornou à lista para verificar se é verdade que falta o número  9 e nem viu que tem dois números 11;

14. E  AGORA VOCÊ ESTÁ RINDO CONSIGO MESMO;

15.  Você já está pensando para quem você vai enviar esta mensagem;

16. Provavelmente agora você vai clicar no  botão ''Encaminhar' '... É a vida...fazer o quê... foi o  que eu fiz  também...


Feliz  modernidade.

Recebemos esta mensagem por e-mail e achamos pertinente colocá-la aqui para refletirmos que tudo que está escrito é fato. Estamos tão adaptados a tecnologia que é como se fosse parte de nosso ser.

Seja um idiota...




A idiotice é vital para a felicidade.
Gente chata essa que quer ser séria, profunda e visceral sempre. 
A vida já é um caos. Por que fazermos dela, ainda por cima, um tratado? 
Deixe a seriedade para as horas em que ela é inevitável: mortes,separações, dores e afins. 
No dia-a-dia, pelo amor de Deus, seja idiota! 
Ria dos próprios defeitos. E de quem acha defeitos em você. 
Ignore o que o boçal do seu chefe disse. 
Pense assim: quem tem que carregar aquela cara feia, todos os dias, inseparavelmente, é ele. Pobre dele! 
Milhares de casamentos acabaram não pela falta de amor, dinheiro, sexo, sincronia, mas pela ausência de idiotice. 
Trate seu amor como seu melhor amigo, e pronto. 
Quem disse que é bom dividirmos a vida com alguém que tem conselho pra tudo, soluções sensatas, mas não consegue rir quando tropeça? 
Alguém que sabe resolver uma crise familiar, mas não tem a menor idéia de como preencher as horas livres de um fim de semana? 
Quanto tempo faz que você não vai ao cinema? 
É bem comum gente que fica perdida quando se acabam os problemas. E daí, o que elas farão se já não têm por que se desesperar? 
Desaprenderam a brincar. Eu não quero alguém assim comigo. 
Você quer? Espero que não! 
Tudo que é mais difícil é mais gostoso, mas... a realidade já é dura; piora se for densa. 
Brincar é legal! 
Adultos podem (e devem) contar piadas, passear no parque, rir alto e lamber a tampa do iogurte. 
Ser adulto não é perder os prazeres da vida e esse é o único "não" realmente aceitável. 
Teste a teoria. 
Acorde de manhã e decida entre duas coisas: ficar de mau humor e transmitir isso adiante ou sorrir... 
Bom mesmo é ter problema na cabeça, sorriso na boca e paz no coração! 
Aliás, entregue os problemas nas mãos de Deus e que tal um cafezinho gostoso agora?
texto de Arnaldo Jabor.

Este texto é uma realidade, as pessoas vivem muito atoladas em sua vida cotidianamente corrida e não encontram tempo para um momento de descontração. Hoje quem enxerga momentos de calmaria na rotina, quem para para observar a rua de casa, seus vizinhos - quem são?, quem percebe a beleza do amanhecer e a magia explicita no pôr do sol e nas cores da natureza, quem não se importa com os julgamentos que os outros farão, quem ri de seus próprios erros, é taxado de "idiota".  É melhor ser "idiota" feliz do que ser "culto" estressado. Parece que o normal é ser estressado, nervoso, cansado, sem tempo para nada, e o anormal é viver uma vida simples. Não estamos dizendo que uma vida simples não tenha preocupações, é claro que tem, a diferença está em como essas preocupações influenciam tanto nosso cotidiano que acabamos por nos tornar objetos, consequências de um sistema dominador, filhos do capitalismo.
Fica a proposta Seja um idiota...Palhaço, dono de sua vida e de suas opiniões.



Cadê a tinta vermelha?


Slavoj Žižek visitou a Liberty Plaza, em Nova Iorque, para falar ao acampamento de manifestantes do movimento Occupy Wall Street, que vem protestando contra a crise financeira e o poder econômico norte-americano desde o início de setembro deste ano. Estes são trechos de seu discurso.

Não se apaixonem por si mesmos, nem pelo momento agradável que estamos tendo aqui. Carnavais custam muito pouco – o verdadeiro teste de seu valor é o que permanece no dia seguinte, ou a maneira como nossa vida normal e cotidiana será modificada. Apaixone-se pelo trabalho duro e paciente – somos o início, não o fim...

Qual organização social pode substituir o capitalismo vigente? De quais tipos de líderes nós precisamos? 

Mas a razão de estarmos reunidos é o fato de já termos tido o bastante de um mundo onde reciclar latas de Coca-Cola, dar alguns dólares para a caridade ou comprar um cappuccino da Starbucks que tem 1% da renda revertida para problemas do Terceiro Mundo é o suficiente para nos fazer sentir bem.

Depois de terceirizar o trabalho, depois de terceirizar a tortura, depois que as agências matrimoniais começaram a terceirizar até nossos encontros, é que percebemos que, há muito tempo, também permitimos que nossos engajamentos políticos sejam terceirizados – mas agora nós os queremos de volta...

Sim, somos violentos, mas somente no mesmo sentido em que Mahatma Gandhi foi violento. Somos violentos porque queremos dar um basta no modo como as coisas andam – mas o que significa essa violência puramente simbólica quando comparada à violência necessária para sustentar o funcionamento constante do sistema capitalista global?
O sucesso do capitalismo chinês liderado pelo comunismo é um sinal abominável de que o casamento entre o capitalismo e a democracia está próximo do divórcio. Nós somos comunistas em um sentido apenas: nós nos importamos com os bens comuns – os da natureza, do conhecimento – que estão ameaçados pelo sistema...

Não estamos destruindo nada; somos apenas testemunhas de como o sistema está gradualmente destruindo a si próprio...

 Hoje, o possível e o impossível são dispostos de maneira estranha. Nos domínios da liberdade pessoal e da tecnologia científica, o impossível está se tornando cada vez mais possível (ou pelo menos é o que nos dizem): “nada é impossível”, podemos ter sexo em suas mais perversas variações; arquivos inteiros de músicas, filmes e seriados de TV estão disponíveis para download; a viagem espacial está à venda para quem tiver dinheiro; podemos melhorar nossas habilidades físicas e psíquicas por meio de intervenções no genoma, e até mesmo realizar o sonho tecnognóstico de atingir a imortalidade transformando nossa identidade em um programa de computador.

Em uma velha piada da antiga República Democrática Alemã, um trabalhador alemão consegue um emprego na Sibéria; sabendo que todas as suas correspondências serão lidas pelos censores, ele diz para os amigos: “Vamos combinar um código: se vocês receberem uma carta minha escrita com tinta azul, ela é verdadeira; se a tinta for vermelha, é falsa”. Depois de um mês, os amigos receberam a primeira carta, escrita em azul: “Tudo é uma maravilha por aqui: os estoques estão cheios, a comida é abundante, os apartamentos são amplos e aquecidos, os cinemas exibem filmes ocidentais, há mulheres lindas prontas para um romance – a única coisa que não temos é tinta vermelha.” 

...nós nos “sentimos livres” porque somos desprovidos da linguagem para articular nossa falta de liberdade...

...hoje, todos os principais termos que usamos para designar o conflito atual – “guerra ao terror”, “democracia e liberdade”, “direitos humanos” etc. etc. – são termos FALSOS que mistificam nossa percepção da situação em vez de permitir que pensemos nela. Você, que está aqui presente, está dando a todos nós tinta vermelha.
Cadê nossa tinta vermelha?
Precisamos construí-la pois o sistema não dará oportunidade para que isso ocorra. Precisamos nos impor diante das aparências que querem nos forçar a acreditar.
O capitalismo é um sistema financeiro agressivo, ao qual estamos habituados, já que vivemos imerso a ele, já que ele faz parte de nossa rotina. Vivemos por muito tempo sofrendo e aceitando todas as mazelas que esse sistema nos impôs, muitos ainda aceitam, engolem a seco, mas existe uma parte de pessoas que além de não aceitar estão trabalhando para melhorar as questões que assolam o planeta, é uma questão global, as consequências físicas, sociais, ambientais dessa conduta, dessa insanidade, está presente em boa parte do países. Até países que se diziam ricos estão tomando do próprio veneno, a crise bancária chegou por lá, mas a diferença entre nosso país e um pois rico é que nó sabemos lidar com a crise financeira, diferentemente de quem está experimentando – a somente agora. Se serve de consolo vou dizer que tudo tem sua primeira vez e com o tempo se aprende. Não que eu esteja aqui desejando que a crise financeira se estabeleça por mais tempo nos países ricos, mas se trata de dizer que” Há males que vem para bem”,  se nós sobrevivemos, eles também sobreviverão todos, e que se aprende com as situações difíceis.
O que os manifestantes do “Occupy Wall” querem é uma nova consciência, a consciência de uma não aceitação desse sistema, eles estão exercendo uma práxis social que é a ação de transformar uma sociedade e incentivar uma reflexão. 






Identidade Afro-descendente

A cultura negra em nosso país é marcada por um histórico de dominação, exclusão, perda de identidade, sofrimento, silenciamento.
A identidade é muito subjetivo ao ser humano, é constituída por uma série de fatores e elementos decorrentes do meio cultural. A identidade perpassa pelo contexto social, cada cultura, cada grupo humano constrói sua própria identidade de acordo com seus idéias, suas necessidades. Uma identidade de resistência é o que os negros como Zumbi dos  Palmares e seus seguidores buscavam implantar, uma identidade que reafirmasse sua cidadania, e consequentemente seus direitos, que buscasse a igualdade valorizando sua individualidade, que se contrapõe a identidade legitimadora imposta pelos brancos.
A população branca tem uma dívida histórica com os negros, foram anos de uma dominação sem fundamento, sem sentido, anos de uma identidade negada, anos de cidadania excluída, anos de uma intensa busca pela liberdade, onde a invisibilidade dos negros estava instituída. A escravidão no Brasil foi um dos momentos mais vergonhosos de nossa história, e isso foi tão profundo que mais de cem anos após a abolição da escravatura, por Princesa Isabel, com a lei áurea em 13 de maio de 1988, ainda existe resquícios dessa desonra, o conhecido racismo, que é crime lei nº 7.716 de 05/01/89, a lei diz que:
A Constituição Federal (artigo 5º/XLII) diz que a prática do racismo constitui crime inafiançável (o acusado não tem direito de pagar fiança para aguardar o julgamento em liberdade) e imprescritível (o agressor pode ser julgado e punido mesmo que se passem muitos anos). A pena varia entre 15 dias a 1 ano de prisão. WWW.violenciamulher.org.br/index.php
Isso ficou ao impregnado na mente das pessoas sob influencia do mito da democracia racial, que alega que no Brasil não existe racismo, e que aqui todos os grupos étnicos, negros, brancos, índios, asiáticos são felizes, livres de quaisquer preconceito, racismo e práticas discriminatórias, esse mito da democracia racial foi muito difundido no país, justificando “supostas” práticas discriminatórias como situações isoladas.  Atualmente o racismo é velado, não é instituído legalmente, como foi o apartheid de  1948 a1994(46 anos), onde a minoria branca segregou as raças branca/negra. Vivemos em uma sociedade que valoriza a cultura eurocêntrica, e que busca o branqueamento, por vezes até inconscientemente, ou não.
Deveriámos  valorizar a cultura africana tal como ela é, sem mascarar ou branquear, nas escolas públicas e privadas já entrou para o currículo a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira” à partir da lei 10.639 de 9 de janeiro de 2003, que altera a lei de 9394/96 que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. 
A luta da atualidade é vencer os preconceitos marcados pela cor da pele e mostrar que caráter, competência e racionalidade estão além da etnia. Na busca de desenvolver uma sociedade providade de consciência e valores, dotada de conceitos reias. No início da escravidão, os europeus escravizavam os índios, porém alguns grupos sociais e religiosos foram contra, então os portugueses fizeram como alguns países europeus faziam, passaram a importar mão-de-obra escrava da África, dando início ao tráfego negreiro.
Mas da onde vem essa idéia de escravizar alguém e por que os negros?
Vem da ignorância, os europeus desconheciam a cultura africana, não os entendiam, na tentativa de tentar “justificar” essa forma de dominação,  foram fixando uma imagem ruim dos negros, é facil difamar quando não se conhece.
A identidade afro-descendente da atualidade está constituida numa não negação de sua etnia, os negros não estão se conformando com os “restos” e lutam cada vez mais por seu espaço na sociedade, o espaço em cargos de chefia, nas artes, na moda, mesmo sabendo que o preconceito ainda existe fazem questão de se impor e exigir o que lhe é de direito. Tem grande influência na construção da história, mesmo que nos livros de história não apresente a real história da escravidão. A identidade afro de hoje, tenta implantar uma conscientização de valorização da cultura negra e estabelece meios para que aconteça de fato esse reconhecimento de uma forma positiva porque de negativa, já basta a imagem que os europeus criaram.
Um desses meios é essa eletiva Memórias da África, conhecer para tirar suas próprias conclusões, entender como se constitui os líderes de movimentos socias contra a segregação étnica, usar os conhecimentos construídos para nossa formação profissional e pessoal, afinal a pedagogia está diretamente ligada a formação do cidadão. Que cidadão quermos formar? Que cidadão quermos deixar para o futuro? Lembremos que o futuro começa agora à partir dos exemplos que damos.  A pedagogia diz que devemos buscar a formação de um cidadão autônomo e crítico, inserido no mundo e nele estabelecer relações de convívio com o outro. Para que sejamos capazes de oferecer ferramentas que objetive essa construção, é necessário que também nos formemos como humanos, como gente, como pessoas capazes de interagir com o outro e participar de sua subjetividade.
Portanto é necessário que haja uma conscientização mútua das práticas de todas as áreas, desprovidas de esteriótipos. Esteriótipos não servem para nada, a não ser para enganar. 

domingo, 13 de novembro de 2011

Quero voltar a confiar!


Nós também queremos voltar a confiar. Talvez essas seja a grande emergência da sociedade atual. Talvez a própria sociedade não tenha se dado conta disso e viva por aí buscando recursos para seu vazio. Recursos estes que perpassam pelas "necessidades desnecessárias", a ditadura da beleza, as grades em que somos obrigados a viver, o consumismo desenfreado, o consumismo infantil, o falso status social, a falta de respeito com o planeta e seus recursos naturais, a desvalorização do ser em detrimento do ter, etc. Viemos em uma época marcada por grandes experimentos tecnológicos, pela correria do dia-a-dia, pela busca do dinheiro. Estamos tão adaptados a esse tipo de vida que não sabemos dar o devido valor ao que é realmente significativo. Mas é tempo de sonhar e de agir, está na hora de sair deste caos existencial que está dentro das pessoas, e refletindo no exterior. 

As flores são vermelhas



Será que as flores são sempre vermelhas, as flores sempre verdes, o céu sempre azul, as nuvens sempre brancas e o sol sempre amarelo?
Isso depende muito do pensamento que o sujeito tem em relação ao crescimento das pessoas. Neste vídeo, a professora encerra a capacidade de criação do aluno, bloqueia seus ideais de transformação, de enxergar a vida com outros olhos. Com novos olhos. Bloqueia sua capacidade de criar, inovar. Numa perspectiva tradicional, punitiva e reprodutora, ela  faz com que a criança sinta tanto medo da situação a qual está imposta, que a criança abre mão de sua visão colorida, para ver sempre as mesmas cores atribuídas aos mesmos objetos.
Infelizmente essa é a realidade vigorante em muitas escolas. A escola é reprodutora do sistema, embora tenha um discurso de busca de transformação, de construção da cidadania etc, as ações permitidas e toleradas dentro dessas instituições são descontextualizadas quando se traz a proposta de uma escola nova.  

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

O grande criador...

imagem baseada no filme Tempos Modernos
Frederick Winslow Taylor, alegria dos patões e tristeza dos operários. Foi o precursor de um sistema de trabalho dentro das empresas que controla o a eficácia do trabalhador dentro de um determinado tempo padrão. Através de observações ele concluiu um tempo em que os trabalhadores conseguem cumprir suas tarefas. O cronômetro era seu principal aliado, em suas pesquisas e busca de trabalhadores eficientes, capazes de cumprir  metas sem desperdício de tempo e matéria prima.
Taylor ajudou o capitalismo a sair de uma crise, pois a partir da Revolução Industrial, as fábricas produziram em larga escala, eram produtos novos que facilitavam a vida das pessoas, assim era tudo vendido.
Em 1880 a mania de consumo diminui, os empresários lucravam menos, então precisaram cortar custos, diminui-se a mão de obra, e instalou-se o cronômetro do emprego. Só permanecia em seu emprego quem produzisse mais em menos tempo.
Ford, fabricação em série, foi o inventor da linha de produção que visava a fabricação de um determinado produto (carro), por vários trabalhadores, porém cada em um segmento com uma função específica, a produção em massa contínua. As principais características desse sistema eram a produção máxima em um período determinado, o capital investido teria uma rotatividade e retorno do investimento.
Com a instalação da linha de montagem, muitos trabalhadores abandonaram a empresa, afim de evitar mais evasão do trabalho Henry Ford, diminui a carga horária de 9 para 8 hs diárias e aumentou o salário para o dobro.
O pensamento de Ford passava por um viés de construção da classe média, pois ele baixou os preços de seus automóveis e aumentou o salário de seus funcionários,. Assim seus funcionários passaram a ser também seus clientes. Foi um marco positivo no que diz respeito a administração de empresas, a linha de produção se espalhou mundo a fora, é uma pena que o pagamento de salários motivadores também não tenham se espalhado pelo mundo.
A principal diferença ente taylorismo e fordismo é que para o taylorismo o importante era a produção máxima em um tempo mínimo sem se importar com a pessoa, no fordismo a produção também era importante, mas era desenvolvida de uma forma que ajudasse as pessoas, mesmo que fosse uma preocupação a bem do trabalho e de seu bom desenvolvimento era uma preocupação com o bem estar das pessoas.

Ensino de História: Realidade ou Favorecimento

O ensino de história, assim como qualquer outra disciplina tem sido passado aos alunos de uma forma descontextualizada e mecânica. Onde o foco principal é a nota final, resultante  da memorização dos conteúdos empregados. O ensino se resumia em cópias de textos e consequentemente a responder o questionário, bem como também está ligado ao fato de memorização de datas.
De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais – PCN, o ensino de história deve partir do presente, dentro de um contexto significativo ao aluno, procurando sempre trabalhar a questão da construção da cidadania.
Partindo do Pressuposto de que a história é uma interpretação, então existe interesse por parte de quem a reescreve. Geralmente quem conta a história são aqueles que “venceram” e que detém o, poder político e econômico. Isso causa os silenciamentos na história, levando a alguns setores da sociedade tenham sua identidade destituída.
Para toda história existem dois lados, duas versões, porém o que os livros didáticos nos trazem é apenas uma versão, a versão dos dominantes, como se fosse a única e incontestável realidade. Os livros didáticos nos trazem apenas alguns personagens, alguns heróis. E onde estão os heróis ocultos? As situações  ocorridas, as outras versões, os verdadeiros fatos. É a oposição entre história oficial (a qual aprendemos a aceitar como verdade única), e a história real (fatos que ficaram de fora do conhecimento da sociedade).
Como é o caso do Descobrimento do Brasil, quanto há de verdades que não foram relatadas. Aprendemos que Pedro Alvares Cabral descobriu o Brasil em 22 de abril de 1500, e que quando aqui chegou esta terra já era habitada por índios, assim ele não descobriu nada, o Brasil já havia sido descoberto, já era habitado por uma comunidade organizada, onde havia um ritmo de trabalho, uma cultura definida.
Com a invasão dos portugueses, os índios tiveram sua cultura, sua religião, seus hábitos, sua integridade física destruídos,  sua identidade destituída e sua voz silenciada, em nome de um povinho, sem respeito, que buscavam  aprimorar os negócios de seus país escravizando outro.
Esses silenciamentos existem em todas as histórias, é o caso dos negros, dos jovens rebeldes na Ditadura Militar, dos imigrantes nordestinos etc.
Precisamos romper com essa conduta, isso começa pelo reconhecimento da identidade, o reconhecimento de que existe o outro, o reconhecimento da sua voz, ativa e participativa.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Pedagogia Empresarial


O universo pedagógico é tão abrangente que seria egoísta de mais resumí-lo somente a escola, a outras áreas de atuação do pedagogo, uma delas é o meio empresarial.
Atualmente as empresas estão contratando pedagogos em vez de psicólogos,  esses profissionais trabalham junto ao RH, na busca por compreender as relações humanas e suas ações, para melhor desempenho de suas atividades e até mesmo psicológico.
Pedagogia e empresa estão de mãos dadas, pois tanto uma como outra tem em comum  o fato de que estão em busca de intervir no meio como as pessoas agem, buscando transformações com um objetivo definido a esse processo damos o nome de aprendizado. Palavra bem conhecida no meio pedagógico e consequentemente ao meio empresarial também, já que essa busca na transformação das ações humanas é um constante aprendizado.
O pedagogo é quem conduz o comportamento das pessoas em nome dos objetivos da Educação.
A partir da junção pedagogia/empresa que o campo de trabalho da pedagogia não ficou restrito apenas a locais formais de educação, um pedagogo pode trabalhar em empresas, hospitais, ONGs.
Mas cuidado a área empresarial é muito extensa, cuidado com as comparações referentes ao lúdico da sala de aula.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

ufa...

Atualmente a vida é bem corrida, o trabalho nos consome muito tempo, para quem trabalha e estuda, a questão de administrar o tempo fica ainda mais complexa. É muito corrida a vida de quem depois do expediente ainda precisa estudar, seja estudo fundamental, médio ou  superior.
Acompanhamos um dia na rotina de Maria Luiza Mascarenhas, casada 33 anos, dois filhos, trabalhadora e estudante de pedagogia da Universidade Metodista de São Paulo.
Ela acorda 05:40hs se arruma, ás 06:00hs acorda os dois filhos, põe os dois para escovar os dentes, se arrumar para a escola, tomar café e coloca-os na perua escolar às 06:25, corre para pegar o ônibus das 06:30hs para que chegue as 07:00hs no serviço. Trabalha das 07:00 às 16:00hs, seu trabalho é administrativo, muita responsabilidade, muitos detalhes que nunca podem passar desapercebidos, sem falar da chefe precisando dela o tempo todo.
Às 16:00 hs, sai do serviço e anda por quase 1,5 km para pegar ônibus e voltar para casa, quando o ônibus passa rápido chega em casa em torno das 16:30hs, fica um pouco com os filho, acompanha a lição de casa, descansa um pouco porque às 18:30hs precisa novamente pegar o ônibus para ir para a faculdade, desse no ponto final e ainda anda muito até chegar na escola. Isso tudo quando não ocorrem imprevistos, como o ônibus simplesmente não passar no horário, quando não tem transito parado(o que é raro) etc.
Então voltando a rotina de Ana Luiza,  as 23:20 ela chega em casa, já física e mentalmente cansada, tantos ônibus lotados, tanto dinheiro para pagar quatro conduções por dia, tantas caminhadas a pé, subidas e descidas, (a vida é cheia de altos e baixos para todo mundo), cai na cama e dorme para dali a pouco começar tudo de novo. Quase não tem tempo de colocar as atividades escolares em dia, leitura de livro, resenhas e resumos, elaboração de projetos, criação de seminários, ás vezes pensa em desistir, pois acha que não vai “dar conta”, mas seu cansaço não é suficiente para que no meio dessa agitação toda ela não consiga relembrar do que lhe motivou a estar ali, do que lhe toca o coração e dá ânimo para continuar sua caminhada, sua andança, em busca de seu objetivo. Ela quer fazer valer as horas em que abre mão de estar em casa com sua família, ela precisa fazer valer essas horas, mesmo cansada sabe que um dia essa correia vai passar. Então colherá os frutos de seu trabalho.
Tem dias em que está com o pescoço duro de tanto estresse, chega a estralar. É muita tensão concentrada, muitas atividades escolares, muita exigência, ela tem até medo de quando chegar a hora do tcc e do estágio. Mas como batalhadora que é, disse que chegará ao final porque tudo que ela começa ela termina, não é mulher de desistir .
Como diria o poeta Renato Russo, quem acredita sempre alcança.   

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Eu, etiqueta

Trouxemos aqui o poema de Carlos Drummond Andrade, Eu , Etiqueta, uma crítica dura e verdadeira sobre a influência que a mídia exerce em nossas vidas. “ Que a propaganda é a alma do negócio” tudo bem, mas daí a infundir mesmo que inconscientemente uma inversão de valores onde simplesmente é valorizado o TER e não o SER, isso é que devemos combater. O consumo exagerado, sem necessidade, muitas propagandas insinuam que o “bom” é estar na “moda”, é ter o carro do ano, o celular recém lançado que só falta trabalhar por você, as roupas que trazem “status”, a tv a cabo mais moderna, com uma infinidade de canais, usar um determinado produto só porque uma determinada celebridade do momento diz que é bom, e nem a própria celebridade o use.
Vincular a imagem de jogadores de futebol ou outros atletas famosos imagem de bebidas alcólicas pode não ser uma boa ideia, afinal o que nossas crianças, que ainda não conhecem o poder destrutivo do capitalismo poderão pensar, que determinado jogador, que é o nº1, toma aquela bebida da marca X, e é reconhecido por isso, a criança em seu jeito imaturo de ver o mundo poderá associar o uso da bebida com o sucesso de tal atleta.
Sem contar a infinidade de propagandas que as pessoas “modernas” pagam para exibir, “símbolo de status social”, acabam se tornando um outdoor ambulante, sem identidade própria, sem vontade própria, só acatando o que a mídia impõe, “USE, SEJA, BEBA, COMPRE  ATITUDE”, e o pior é que essas propagandas são feitas de uma forma que passe uma mensagem sentimental, carregada de sentimentos onde demonstram a valorização da pessoa, da família, do meio ambiente, algumas propagandas são tão politicamente corretas, que até confunde o telespectador, mas o que tem por trás dela é sempre a mesma mensagem de trocar o ultrapassado pelo “novo”.
Isso trás a coisificação do ser humano onde a pessoa já não é pessoa e sim uma coisa, nega sua identidade, onde uma certa classe pode mandar e desmandar, é uma relação que envolve o psicológico, essas ordens entram no inconsciente e acabam por influenciar os atos.   
A mídia nos diz tudo o que devemos fazer, vestir, comer, ler, pensar, somos máquinas manipuladas por um grupo, somos robôs, somos coisas.
Atitude tem, quem não se deixa manipular por uma camada de vírboras sanguináreas dispostas a sugar até a última gota, até a última gota de suor, de trabalho. 
Precisamos nos conscientizar disso, aceitar que faz parte de nossa rotina, precisamos aprender a dar valor a nossa cultura, a nossa gente, as pessoas como seres humanos e não como portadores de CPF.
Preservar as relações familiares, profissionais, ou sejam elas quais forem. 

Aprende-se lendo HQ?

Por muito tempo as histórias em quadrinhos foram fortemente rotulados como cultura inútil, passatempo, etc,porém atualmente essa visão preconceituosa tem mudado. Hoje muitos professores usam esse recurso como ferramenta de alfabetização em suas aulas, pois ele trabalha leitura, escrita, e principalmente o interesse dos alunos por esse tipo de leitura, é um material é importante e significativo que constrói conhecimento à partir do lúdico.
Mas ainda assim há muitas escolas onde as hqs não são usadas como deveriam, ficando em segundo plano. Servindo apenas para passar o tempo de quem já terminou a lição e fica na ociosidade. É uma pena, pois este tipo de leitura além de desenvolver o gosto pela literatura possibilita ao aluno compreender conceitos significativos ao seu currículo escolar.
No Brasil Maurício de Sousa é referencia em HQ, com a Turma da Monica, mas há outros tipos de HQ, os mangás, no qual até Maurício de Sousa já aderiu, com a Turma da Monica Jovem. Então vamos dar espaço ao novo e adaptá-las ao nosso cotidiano.

ECA X Conselho Tutelar


O Conselho Tutelar é um órgão permanente, autônomo, não jurisdicional, composto por cinco membros eleitos para um mandato de três anos, sendo permitida uma recondução.
A eleição para escolha do conselheiro tutelar e seus suplentes é de forma direta e concomitante para todos os Conselhos Tutelares,, através do voto secreto e facultativo dos eleitores da cidade, residentes na região geográfica de competência de cada Conselho Tutelar em atuação na data da eleição, sob responsabilidade do Conselho Municipal dos Direito da criança e do Adolescente de SBC – CMDCA/SBC, e fiscalizado pelo Ministério Público.

Requisitos para candidatura:
  • Reconhecida idoneidade moral comprovada.
  • Residir no Município a pelo menos 3(três) anos consecutivo
  • Estar em dia com a justiça Eleitoral e ser eleitor do Município,
  • Ter experiência profissional com crianças e adolescentes por no mínimo dois anos;
  • Idade igual ou superior a 21 anos;
  • Ter concluído o Ensino Médio;
Pessoas da mesma família não podem ser membros do mesmo Conselho Tutelar.
O salário do Conselheiro é de R$ 3.970,15 não gera vínculo empregatício com o Município, constituindo um cargo de serviço público relevante.
As funções do conselheiro são:
·         Atender a crianças e adolescentes nas hipóteses previstas nos arts 98 e 105 do Estatuto da Criança e do Adolescente, aplicando as medidas previstas no art 101 inciso I a VII desse Estatuto;
·         Requisitar serviços públicos nas áreas de saúde, educação, assistência social, previdência, trabalho e segurança;
·         Encaminhar suspeita ou confirmação de maus tratos contra criança e adolescente aos órgãos competentes e cobrar devolutiva;

Este ano a eleição para escolha dos conselheiros será em novembro, só podem votar organizações que representem a população e constituídas a mais de três anos, os conselhos de escolas públicas e privadas.

 LEI N.º 8069 de 13 de julho de 1990
Dispõe sobre o Estatuto da criança e do adolescente e dá outras providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei.
Capítulo IV
Do Direito à Educação , à Cultura, ao Esporte e ao Lazer
Art. 53. A criança e o adolescente têm direito à educação, visando o pleno
desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação
para o trabalho assegurando-lhes:
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
III - atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino


Antes do ECA as crianças eram consideradas sujeitos dignos de cuidados e sem nenhum direito, criaturas manipuláveis, sem decisão, vontade própria, a partir do estatuto passaram a ser consideradas cidadãos com direitos e deveres assegurados por lei.
É claro que esta mudança enfrentou oposições, pessoas que viam as crianças como “menores”, criaturas sem razão, necessitadas de proteção. Proteção esta que era traduzida por medidas autoritárias sob a justificativa de cuidados, sob a justificativa de interesses do menor.
Porém o ECA prega a proteção integral às crianças e adolescentes no sentido de evitar qualquer forma de violação de seus direitos, diferentemente do Conselho Tutelar, que só age no sentido de reparar o mal que já se instalou.
Pensamos que as dois, sendo organizações de proteção às crianças  e adolescentes deveriam trabalhar em conjunto, numa perspectiva integrada de valorização e garantia dos direitos defendidos por eles.
Precisamos pensar em leis que efetivamente protejam as pessoas, leis eficazes, que não deem brechas para  interpretações errôneas. As leis nascem a partir de necessidades sociais e deveriam sanar essas necessidades.

Para que serve o mapa?

O livro a ser resenhado traz a problemática que envolve o ensino-aprendizagem de geografia durante o processo de escolarização está pautada na ação de colorir mapas e decorar os estados brasileiros. Mas o que é um mapa? Para que serve um mapa? Quais as informações encontradas no mapa? Isso tudo a escola não ensina, deveria, mas infelizmente não ensina.
O objetivo do ensino da geografia é de que o cidadão possa conhecer o ambiente em que vive, suas transformações ao longo do tempo, suas condições, seus climas, construir concepção de espaço e suas representações.
A criança quando entra na escola ela não o conceito de espaço formado, porém vivencia espaço diariamente em sua rotina, sua rua, sua casa, sua escola, o trajeto entre esses lugares, tudo isso é constituído por espaços, cada um com suas características próprias e isso deve ser levado em consideração pelo professor assim como a valorização do espaço  dentro do contexto sócio-cultural ao qual está inserido.
Criar estratégias de ensino que favoreça o aprendizado dos alunos, onde estes possam compreender o espaço  através de conceitos geográficos é um caminho a ser percorrido no ensino da geografia atual. É uma necessidade que o aluno entenda e compreenda espaços partindo do estudo de espaços próximos para espaços distantes, assim o aluno passa a entender a relação existente localização dos espaços e suas representações.
Há muitos jeitos de diversificar o ensino de geografia, e no que diz respeito á construção de conhecimentos sobre o espaço a leitura de mapas é uma proposta de significado amplo. Uma proposta que sugere realmente a leitura de mapas, não apenas seu desenho descontextualizado.
Leitura de mapas? Sim! Aprende-se a ler, a fazer cálculos, e também aprende-se a ler mapas, a interpretar informações nele existentes.  O problema é que a escola ainda tradicionalista dá muito valor às áreas de linguagem e cálculo (português e matemática) ao passo de que as outras áreas ficam prejudicadas pelo pouco tempo que o currículo escolar disponibiliza a essas disciplinas, mas não é só isso, afinal a geografia é uma disciplina de “peso” no currículo escolar, mas o pouco tempo que tem essa disciplina é passada de uma forma tradicional.
Para esta ação se faz necessária também que o aluno aprenda a fazer um mapeamento, pode ser de qualquer coisa, o corpo humano, a sala de aula, o trajeto de casa a escola etc, que o aluno construa noções de como fazer esse trabalho, ele precisará estudar o espaço ou objeto a ser retratado no mapa.

Nivia/Rosi

EJA...

A necessidade de bons professores está presente atualmente. O professor foi muito desvalorizado nos últimos anos, mas ainda há aqueles que resistem bravamente às questões burocráticas e escolhem essa profissão. Ainda há aqueles que tem vínculo com a educação, com o exercício da cidadania e com o futuro da humanidade.
Ser professor pode ser um tarefa árdua, com seus altos e baixos, dependendo das circunstâncias esse contexto se acentua mais. Sendo assim, o trabalho numa relação igualitária e sem hierarquia, a busca por condições a que os alunos construam suas aprendizagens e desenvolvam um senso crítico e ativo, o trabalho coletivo, pensar a própria prática pedagógica, assim como buscar condições favoráveis ao aprimoramento desta, caminhar em simultaneidade às transformações ocorridas no mundo, tudo isso faz parte da docência, se torna função do professor.
Mas quem ensina também aprende, é uma relação mútua, de construção de conhecimentos para ambas as partes, professor e aluno, numa fusão única. Para ter professore é necessário a existência de aluno e para e para ter aluno é necessário a existência de professor, um depende do outro, e assim é para todos os professores e modalidades de ensino.
Hoje sabemos que o ensino é “democrático e obrigatório” apesar de todas as “exclusões” que perpassam em torno da escola, ou seja, “existe escola e vaga, só não estuda que não quer” certo? Errado.
Mesmo com o avanço que a sociedade teve no direito a educação, ainda há muitas pessoas excluídas, que foram excluídas no passado e continuam sendo, é o caso de pessoas que não tiveram acesso a educação enquanto crianças, porém, buscam seu direito a educação na fase adulta, são os alunos da  Educação de Jovens e Adultos –EJA.
Seria muito bom o dia em que não mais existisse a EJA , o dia em que não mais se fizesse necessária, isso seria um sinal de que o direito á educação estaria sendo respeitado, mas como esse fato se constitui uma utopia, precisamos lutar com o que temos de concreto. A EJA objetiva incluir pessoas que tiveram o direito a educação negado quando crianças, seja por necessidade de trabalho, resultando numa não conciliação trabalho/escola ou seja por falta de sentido na escola, essas pessoas não tiveram seu direito a educação garantido e assim deixaram a escola.
Como uma proposta de política pública voltada para a educação, a EJA é uma modalidade de ensino que tem por objetivo desenvolver o ensino fundamental e médio de qualidade essas pessoas. Havendo a necessidade e demanda desta modalidade de ensino também se faz pertinente a formação de professores habilitados a esse público. O perfil do professor  de EJA, na maioria das vezes perpassa pelo senso comum deque esse professor ficou com a “sobra”, a idéia de que essa modalidade de ensino “ninguém quer assumir”.
Leviano equívoco, atualmente há concursos públicos para o preenchimento de cargos de professor específicos a esta modalidade, a EJA não pode ser vista como a sobra, já basta a exclusão a que seus alunos foram submetidos na infância. Agora é hora de repensar o perfil do professor de EJA, assegurando qualidade na formação para haver qualidade no trabalho,  aceitar que quem escolheu esta modalidade é porque se identificou com ela. Mas não sejamos inocentes ao pensar que lecionar na EJA, é “fácil, afinal os alunos são adultos e não fazem bagunça”, ou que trabalhar a noite é uma forma de ter mais tempo para outras atividades, ou ainda criai um esteriótipo de aluno da EJA. Essa modalidade de ensino, assim como qualquer outra tem suas características próprias, e deve ser respeitada e valorizada como o que é.
O professor do professor de EJA tende a levar em consideração que todos somos seres em constante processo de transformação, e que cada um tem suas especificidades, ninguém é igual a ninguém. Os alunos da EJA podem não possuírem  o domínio de interpretação do código da escrita e leitura, mas estão inseridos na sociedade letrada, fazem parte dessa sociedade, a escrita faz parte de nossa cultura, assim esse alunos tem muito conhecimento de vida.
É comum ao ser humano criar representações  sociais a partir daquilo que lhe é vivido, a partir do que foi experienciado, muitas vezes essas representações são preconceituosas. Cabe a nós professores, iniciarmos o processo de mudança, a olharmos para nós mesmos, questionar nossa prática, reconhecermos que uma relação professor/aluno deve ser pautada na confiança, na autonomia, no construir coletivamente, na busca por um cidadão consciente de seus direitos e deveres.  

Ensino de História

O que tem acontecido com o ensino da história em nossas escolas?
A história, assim como todas as outras disciplinas tem sido "ensinada" de uma forma mecânica, descontextualizada, cansativa, cuja o único objetivo era decorar o texto para a prova.
Atualmente, há uma busca de novos "jeitos de ensinar", onde haja a construção do conhecimento, voltado para o contexto do aluno, onde este possa interagir com o professor. Uma abordagem histórica voltada ao diálogo com a diversidade sócio-cultural. Os PCNs sugerem que o ensino da história deva perpassar pelo contexto local, regional, nacional e global, voltado a construção da cidadania.
Mas porque aprendemos história de um jeito que não é o real, ou não a única realidade?
Para toda situação existem duas versões, dois lados da moeda, porém o que vimos na escola foi a história oficial que um determinado grupo decidiu que deveria entrar para a história, e a história real por onde anda?
Existem muitos fatos da história que nos foram apresentados como reais, os livros didáticos nos "empurram conteúdos" selecionados. E os outros fatos dentro de uma mesma situação, os heróis e fatos ocultos?
 Necessitamos romper com os silenciamentos aos quais nos foram impostos, aos quais estamos "acostumados" , isso se dá a partir do reconhecimento da identidade e do direito de voz dos silenciados.

Nivia/ Rosi